quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Estilos de Músicas Nordestinas.

BUMBA-MEU-BOI


O bumba-meu-boi é uma dança folclórica típica do norte e nordeste brasileiro, que acontece em meados de novembro a janeiro.
Ela mistura a dança e a representação teatral, onde os personagens são humanos e animais fantásticos, principalmente o boi. A história mistura sátira, comédia, tragédia e drama, na qual a figura do homem é frágil diante da força bruta do boi. A história é contada através de cantos e declamações, e os acontecimentos permeiam a vida, morte e ressurreição de um boi.
Os personagens principais são: o boi estimado, o fazendeiro branco, dono do boi, o vaqueiro negro e sua mulher cabocla. Nas diferentes regiões do norte e nordeste, há uma variação quanto ao personagem principal. Em alguns locais é o boi, e em outros é o vaqueiro que rouba o boi.
Há uma grande variação também nos nomes atribuídos aos personagens. O boi pode ser chamado de Mimoso, Barroso ou Estrela. O vaqueiro tem nomes como Pai Francisco, Mateus, Fidélis, Nego Chico, Sebastião, entre outros. Já o fazendeiro é conhecido por: Capitão Boca Mole, Senhor Branco, Capitão-do-Mato, Capitão-Marinho, Amo, Patrão, Coronel, Comandante, etc.
A representação conta com alegorias muito coloridas, sendo que a alegoria do boi é feita com uma armação de madeira coberta por tecidos bordados, na forma de um touro. O homem que fica dentro desta alegoria é chamado de "miolo do boi”.

https://www.youtube.com/watch?v=ROxsvbhnPUg (link do contando a lenda do bumba meu boi).

                       



BAIÃO

O baião é um ritmo musical nordestino, acompanhado de dança, muito popular na região nordeste e norte do Brasil.
 Foi na década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”).
 O baião utiliza muito os seguintes instrumento musicais: viola caipira, sanfona, triângulo, flauta doce e acordeon. Os sons destes instrumentos são intercalados ao canto. A temática do baião é o cotidiano dos nordestinos e as dificuldades da vida.
 O baião recebeu, na sua origem, influências das modas de viola, música caipira e também de danças indígenas.

Grandes sucessos do baião:

- "Asa Branca" - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

- "Baião de Dois" - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira






                              



CORDEL

Cordel é um tipo de poema popular, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. Poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados.

Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.


                               


EMBOLADA

Embolada, Coco de embolada, Coco-de-improviso ou Coco de repente é uma espécie de arte surgida no nordeste, onde é especialmente popular. Consiste em uma dupla de "cantadores" que, ao som enérgico e "batucante" do pandeiro, montam versos bastante métricos, rápidos e improvisados onde um tenta denegrir a imagem do que lhe faz dupla com versos ofensivos, famosos pelos palavrões e insultos utilizados. O ofendido deve improvisar uma resposta rápida e ao mesmo tempo bem bolada. Caso não consiga, seu par é coroado triunfante. Não deve ser confundido com cantoria onde a música e a resposta são lentas, melodiosas e o tema principal é a vida cotidiana.





DANÇA DO COCO

O coco é um ritmo do nordeste. Não se sabe ao certo em qual estado se originou, se Alagoas, Pernambuco ou Paraíba. A dança é acompanhada de cantoria de músicas de letras simples. O coco recebe diversas nomenclaturas: coco-de-roda, coco-de-embolada, coco-de-praia, coco-do-sertão, coco-de-umbigada, coco-de-ganzá e coco-de-zambé. Seus instrumentos são ganzá, surdo, pandeiro e triangulo. Mas o que marca mesmo a cadência do coco são os tamancos e as palmas.


                                        


FREVO

Em 1890 surge o frevo, em Recife, Pernambuco. Reconhecido como um dos mais importantes gêneros musicais e dança do país. Nasce da polca-marcha, tendo como referencia o Capitão José Lourenço da Silva, maestro da banda da Brigada Militar.
O frevo é um ritmo frenético e contagiante, sua coreografia é individual improvisada, inspirada na capoeira, com uso de sombrinhas e guarda-chuvas.


                             


SAMBA

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão, acompanhados por violão e cavaquinho. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.
 As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
Simbolizando primeiramente a dança para anos mais tarde se transformar em composição musical, o samba, antes denominado "semba", ritmo de matriz africana que exerceu influência direta na sua origem, foi também chamado de umbigada, batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe, batucada e outras diversas nomenclaturas de cunho popular.
O termo "samba" - também conhecido por umbigada ou batuque - designava um tipo de dança de roda praticada em Luanda (Angola) e em várias regiões do Brasil, principalmente na Bahia.



         

                              



XAXADO

 Xaxado é uma dança popular brasileira originada nas regiões do agreste e do sertão nordestino. Era muito praticada pelos cangaceiros da região, quase sempre, em celebração às suas vitórias. O nome é derivado ao barulho das sandálias dos cangaceiros contra a areia do sertão. Xaxado é uma dança de guerra e de entretenimento, criada pelos cangaceiros de Lampião.


                              



FORRÓ

O forró surgiu no século XIX, é um ritmo e dança típica praticada nas festas juninas. É originado da mistura de vários ritmos musicais, como o baião, a quadrilha, o xaxado e o xote. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro, um zabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pé, bate-chinela e fobó.

 Nesta época, como as pistas de dança eram de barro batido, era necessário molhá-las antes, para que a poeira não levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse. Uma das principais características do forró é o ato de arrastar os pés durante a dança. Esta é realizada por casais, que dançam com os corpos bem colados, transmitindo sensualidade. 



                           


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